21 de novembro de 2013

O que as gatas me ensinam

Há dois meses ando apaixonado por um par de gatas. Carlota e Elisabeth. Elas entraram em casa por insistência da minha mulher e viraram parte da rotina. E da vida. Miam quando eu chego, sobem na cama e cheiram a minha cara quando acordo, sentam no meu colo quando estou lendo ou quando escrevo no computador. Eu falo com elas, brinco com elas, ralho com elas, dou comida e troco a areia da caixinha. Elas me fazem agradável companhia quando estou sozinho. Em troca, compro religiosamente a ração cheirosa que elas tanto apreciam. 
O fato de ter um par de gatas não me torna um ser humano melhor, não me faz sentir uma espécie de ativista e nem desconta a minha culpa – enorme - por não fazer o que é preciso para melhorar a vida das pessoas desprotegidas do meu país. Não acho, evidentemente, que minhas gatas são tão importantes quanto as criaturas humanas que me cercam. Mas tê-las em casa me deixa contente. Cuidar delas e conviver com elas são atos de prazer egoísta que me fazem bem, e que talvez façam bem a elas.


Também aprendo coisas com as gatas.

A primeira, óbvia, é que é bom cuidar delas. Pequenos rituais, como o de alimentar e tratar os bichos, são imensamente gratificantes. Não tomam tempo demais e nos fazem sentir necessários e úteis. Talvez algo em nós precise dessa responsabilidade sobre outra vida. Seres humanos necessitam de nós, claro, mas eles são complicados e imprevisíveis. Podem nos criticar, podem exigir demais de nós ou (infinitamente pior) podem virar as costas e ir embora. Gatos jamais. Eles não nos abandonam e não nos desapontam. À maneira deles, vivendo uma vidinha paralela em sua bolha felina, passam a vida conosco. É improvável que retribuam nossos ternos sentimentos, mas certamente precisam de nós. E isso basta.


Observando os gatos, sou tentado a fazer comparações e analogias com os humanos. 


Minhas gatas têm personalidades opostas entre si. Elisabeth, de oito meses, é uma dama elegante e delicada. Minha mulher a chama de bailarina. Ela se move com leveza pela casa e mantém distância emocional e física dos humanos. Gosta de tomar banho de sol na janela sem ser importunada. Quando se aproxima, é nos termos dela. Elisabeth canta. Ou melhor, mia desconsoladamente e sem razão aparente. De início, achei que era o intestino. Agora eu percebi que Elisabeth é melancólica. A veterinária disse que ela tem todos os ossos do rabo quebrado e uma calcificação óssea na espinha. Parece ter sido maltratada antes de chegar ao abrigo onde a recolhemos. Isso explica o jeito esquivo e desconfiado, assim como a tristeza dela. Elisabeth tem medo. Ou teve. 


Carlota, dois meses mais nova, é um turbilhão. Sobe em todas as mesas, entra no guarda-roupa, brinca com as plantas do vaso até destruí-las. É impertinente e destemida, assim como curiosa. Quando se tenta tirá-la à força de algum lugar, ela reage com arranhões. Nasceu na obra do novo estádio do Corinthians, eu imagino. Se eu grito com ela, ou tento fazer gestos para assustá-la, me encara com total indiferença. Como não teme as pessoas, se aproxima com facilidade. Permite que a gente a pegue no colo e brinque com ela. Outro dia, meio bebum, eu a segurei no chão pelas patinhas da frente e fiz barulho com a boca na barriga dela, como se faz com as crianças. Ela ficou perplexa. 

Carlota me faz pensar como são felizes as pessoas destemidas. Elas estão mais relaxadas. Desfrutam melhor do mundo ao redor delas. Se alguém tentar incomodá-las ou feri-las, reagem e vão embora. É mais simples, não é? Elisabeth, que tem medo de tudo, sugere que a vida deixa marcas. Não sei se o tempo fará com que ela se sinta segura na companhia de gente. Talvez não. Talvez ela seja naturalmente tímida. Mas isso faz que seja mais gostoso quando ela, num rompante, escala o sofá, supera suas reservas e decide, autonomamente, que vai dormir na minha barriga. Nestas horas, minha gata delicada faz com que eu me sinta alguém especial. 

Fico tentado a imaginar que a mulher ideal seria a mistura das duas. A meiguice de uma com a impetuosidade da outra. A melancolia da Elisabeth com a vivacidade da Carlota. Mas isso não existe, certo? A personalidade das pessoas não é construída para nos agradar ou para fazê-las mais desejáveis. Elas são como são. Imprescindíveis, adoráveis ou detestáveis à sua maneira. E alternadamente. 

Neste exato instante, escrevendo com Carlota no colo, enquanto Elisabeth nos observa deitada na estante do escritório, eu não sei de qual delas gosto mais. À sua maneira, as duas enchem a minha manhã. Uma mia, anda pela casa e observa. A outra escala a mesa, deita no teclado e termina por se ajeitar no meu colo. Se fossem duas mulheres, eu não saberia qual escolher. Estaria apaixonado pelas duas. Na verdade, pelas três gatas aqui de casa.  

20 de novembro de 2013

Manifesto ao Novo - Abaixo a Neofobia

Roberta Gomes: Vem Sambar

Pavê de chocolate branco

Pavê de chocolate branco
Pavê de chocolate branco: é facílimo de preparar
Foto: Ormuzd Alves

Rendimento: 8 porções
Dificuldade: Fácil
Preparo: Demorado (acima de 45 minutos)

Ingredientes

. 500 g de chocolate branco
. 1 lata de creme de leite
. 2 pacotes de biscoito maisena de chocolate

Modo de preparo

1. Derreta o chocolate em banho-maria e
 misture o creme de leite. Reserve o soro.
2. Monte o pavê: em um refratário, alterne camadas de biscoito umedecidas no soro e camadas de chocolate.
3. Deixe a mistura na geladeira por, no mínimo, 6 horas.
4. Desenforme e decore com raspas de chocolate.

Dica: esse pavê pode ser cortado em miniquadrados, colocado em forminhas e servido como docinho.

19 de novembro de 2013

DIY: COLHER DE PAU COM TECIDO

fabric-covered wooden spoonsfabric-covered wooden spoons
Olha só que ideia mais linda para fazer – e presentear – nesse final de ano: colheres de pau com detalhes em tecido estampado! Tem um tutorial explicando direitinho como fazer aqui (mas dá para perceber que não tem nenhum mistério, né?). Quem vai fazer – e me mandar algumas de presente?  ;)
∴ fonte ∴
http://naomemandeflores.com/diy-colher-de-pau-com-tecido/.

17 de novembro de 2013

Arnaldo Antunes - Envelhecer



"não quero morrer pois quero ver como será que deve ser envelhecer
eu quero é viver pra ver qual é e dizer venha pra o que vai acontecer

eu quero que o tapete voe
no meio da sala de estar
eu quero que a panela de pressão pressione
e que a pia comece a pingar

eu quero que a sirene soe
e me faça levantar do sofá
eu quero por Rita Pavone
no ringtone do meu celular

eu quero estar no meio do ciclone
pra poder aproveitar
e quando eu esquecer meu próprio nome
que me chamem de velho gagá"

Link: http://www.vagalume.com.br/arnaldo-antunes/envelhecer.html#ixzz2lBBh8mXF

16 de novembro de 2013

COMO RENOVAR A MOBÍLIA COM TECIDO, VERSÃO NINJA


Sabe aqueles tutoriais mega fáceis, que você já tem tudo em casa, e é só colocar a mão na massa? Pois é, esse não é um daqueles. Esse é um do nível estagiário de ninja, nível estudante de design. Revestir uma mesa de tecido é moleza, mas aqui se fez como deve-se fazer: resinou-se o tecido para que a mesa fique resistente, e impermeável. Vamos ao passo-a-passo?


Material necessário:
♥ Móvel  ♥ Tecido  ♥ Cola de decupagem  ♥ Rolo de borracha  ♥ Fita crepe  ♥ Resina epoxi  ♥ Difusor ar quente ou secador


Passo 1: Prepare a superfície da mesa. Se a sua mesa está em boa forma, você não precisa fazer muito. Esta tinha fórmica quebrada nos cantos, então o laminado foi removido. // Passe uma camada de cola de decupagem sobre a mesa, e cole o tecido. Suavize as rugas ou bolhas de ar com o rolo de borracha. 

Passo 2: Sele o tecido com cola de decupagem. Quando secar, ​passe cola uma segunda vez. Espere secar e passe mais outra vez. Isto é crítico, pois a resina irá manchar o tecido, se ele não estiver selado.

Passo 3: Corte o excesso de tecido. Esta mesa tinha a vantagem de ter uma borda plástica, e as sobras de tecido foram colocadas para dentro deste acabamento. // Coloque fita crepe em toda a borda da mesa, para evitar que a resina escorra.


Passo 4: Prepare a resina de acordo com as instruções da embalagem. Despeje sobre a superfície da mesa formando uma camada fina. Use o difusor de ar quente ou secador para desfazer bolhas. Deixar a resina curar por 48 horas, depois retire a fita. Lixe as bordas. 


Pronto! Você ganhou seu diploma de aprendiz de ninja ;-) Via. Vai animar?

Fonte: http://www.dcoracao.com/2013/09/como-renovar-mobilia-com-tecido-versao.html

15 de novembro de 2013

Peixe Assado à Moda de Arraial


Em Arraial eles usam muito um peixe que em alguns lugares chamam de "Dourada" e em outros de "Dourado", mas não é o Dourado de rio, é o de água salgada mesmo. Como não achei por aqui, comprei uma corvina, que é um peixe de mar (tem de água doce também). Você pode usar o peixe que preferir ou que estiver mais fresco no dia.

Comece temperando o peixe com antecedência de pelo menos 2 horas com limão, sal, pimenta e o que mais você quiser. Deixe marinando na geladeira. Eu faço uns cortes na pele do peixe até chegar na espinha para o tempero entrar melhor (somente em um dos lados do peixe) e facilitar quando for servir.

Na hora de assar, comece preaquecendo o forno em 200ºC. 
Regue um refratário com bastante azeite e forre o fundo com rodelas de batatas e cenoura. Tempere os legumes com sal e pimenta e regue com mais azeite. Coloque o peixe sobre esta "cama" de legumes. Eu ainda coloquei umas azeitonas e umas mini cebolas descascadas em volta. 
Sobre o peixe espalhe um pouco de colorau, isso é opcional, pois não muda o sabor, é só para deixá-lo com uma cor mais bonita. Regue também o  peixe com o fio de azeite.
Leve ao forno (sem papel alumínio mesmo).



Agora vamos preparar o tempero que vai regar esse peixe no forno. Esta quantidade de tempero dá para regar 2 peixes grandes e a sobra pode ser guardada na geladeira por até 1 mês. Use o liquidificador ou mixer para bater os seguintes ingredientes:
  • 150ml de vinho branco seco;
  • 2 colheres (sopa) de azeite;
  • 1 colher (sopa) de suco de limão ou vinagre;
  • 1 colher (sopa) de ervas finas (mix de ervas comprado pronto);
  • 1 xícara de folhas de coentro (se não gostar use salsinha);
  • 1 dente de alho;
  • 1 colher (café) rasa de sal;
  • 1/4 de cebola;
  • 1/2 colher (café) de pimenta branca moída.


Após 15 minutos de forno, regue com o tempero, umas 6 colheradas (sobre o peixe e os legumes). Volte para o forno. Quando perceber que o molho deu uma reduzida, repita a operação até o peixe estar assado (usei metade do tempero e reguei 3 vezes).
Ficou delicioso!!! Esse tempero (molho) fica muito especial!!!


14 de novembro de 2013

PROJETO COM FILTRO DE PAPEL MELITTA

Depois de passar aquele cafezinho gostoso e cheiroso, seu Filtro Melitta ainda pode decorar sua casa! Aprenda com a artesã Rosely Ferraiol a fazer objetos incríveis pra renovar e surpreender a todos.









9 de novembro de 2013

Como fazer arranjos com flores de papel


Confesso que tenho certa implicância com flores artificiais. 
...
Pensando bem, eu adoro flores artificiais. 
"Eita, mas como assim?" Eu explico: o que eu encrenco mesmo são com aquelas que tentam se passar por flores de verdade, sabe? Se for pra ser de mentira, que seja, ora bolas! Que tenham formatos, cores e até materiais inusitados. Que sejam criativas e charmosas, justamente por serem de mentirinha. 

Esse projetinho aqui eu fiz pro Decora, mas enquanto eu preparava o passo a passo pro programa, resolvi fotografar as etapas pra dividir também por aqui, pois essas flores de camada viraram meu xodó! Então quer aprender a fazer uma florzinha de papel pra lá de encantadora para decorar uma festinha, uma noite especial, a mesa da sala e até um casamento? Então segura na minha mão e vem... :)

Você vai precisar de:

 Papéis coloridos. Aqui para esse projeto, vou usar algumas folhas de papel "Chamequinho" coloridas.
 Tesoura 
 Lápis
 Cola quente
 Botões variados
 Desenhei uma flor no papel e recortei. Esse será o molde para todas as flores. Já sei... você vai falar que não sabe desenhar e que precisa do molde. Pois aqui você encontra alguns formatos para você escolher!

 

 Para cada flor, vou usar 3 partes, que serão sobrepostas e fixadas com cola quente.




 Mas antes de colar as partes umas nas outras, é preciso curvar as pétalas para dentro usando o dedo mesmo ou um lápis para fazer a forma.




 Depois das pétalas curvadas, a flor ficará assim, ó:


 O segredo desse projeto é curvar cada flor com uma intensidade diferente, uma bem curvada pra dentro, a outra um pouco menos e a última menos ainda. Depois é só encaixar uma flor dentro da outra, deixando a flor mais aberta por baixo, a menos aberta no meio e a mais fechadinha por cima.


 Para finalizar, um botão para fazer o... botão da flor. :)



 

 20 flores depois, nosso buquê já está quase pronto!



 Para fazer o caule, você pode usar alguns pedaços de arame ou usar uma alternativa mais barata (e muito mais charmosa): galhos secos que você pode catar aí na sua rua ou arredores. Para fixar, cola quente.


 E tá pronto! Tem videozinho pra você entender melhor? Tem sim senhor! 

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