31 de julho de 2014

Gente que cria e encanta: Tê Pires

Tudo começou mais ou menos assim... Eu namorava o projeto 'as papeleiras', até que um dia elas vieram espalhar o amor ao papel num espaço delicinha aqui no Rio! 
Sabe dia perfeito?! Foi mais ou menos assim aquele dia! ♥
Rolou um amor à "primeira papelada" e desde então, mesmo que a distância venho acompanhando as meninas! Tanta coisa já aconteceu desde então, grupos no Facebook,  aulas no Eduk, as papeleiras se despediram e Tê Pires "nasceu"! 
{Eba! Viva! Que você tenha vida longa e colorida!} 
Como uma das propostas desse espaço é, também, a construção coletiva, dar visibilidade ao trabalho de outras pessoas que criam, não perdi tempo e pedi para que ela me contasse sobre a vida, como tudo começou, sobre as aulas online e principalmente sobre a Tê Pires, um projeto cheio de bossa que promete encantar muitos corações.
Vamos lá? Preparad@s?

1) Tê, se apresenta para mim (como você se vê no mundo)?

"Orgulhosamente fora do normal", rs... Escrevi assim, resumidamente, em meu site porque o mundo tá cada vez mais igual, e eu 'fujo' disso: me vejo sempre buscando caminhos alternativos, saindo do óbvio, fugindo da 'normose', me desafiando diariamente, me ocupando no mundo de uma forma que talvez o mundo não esperasse. 

Sou uma pessoa simples, quem me conhece sabe o quanto é difícil me ver maquiada ou de salto... :) Fico extremamente feliz com coisas simples e fico muito feliz com facilidade, diariamente. Sou muito feliz. Amo as coisas, as pessoas, a vida, o novo, as mudanças. Amo amar com tanta facilidade! Adoro me encantar e me re-encantar pelas coisas e pelas pessoas. Sou dessas que troca qualquer balada, show de gente famosa, pra fica em casa curtindo os amigos em um jantar feito por nós mesmos. Sou dessas que não usa roupas/bolsas de marca, mas sou capaz de pagar 300 reais em uma bolsa de 'paninho' (como dizem por aí, menosprezando) porque é linda e foi feita a mão e o 'paninho' parece que foi feito pra mim... Tenho uma necessidade enorme de criar... Sonho muito e amo realizar! Desde pequena sempre estava inventando algo: sonhando com o coração, criando com a cabeça e realizando com as mãos. Respondi sua pergunta Yoná? Ou está lhe parecendo uma resposta 'fora do normal'? Rs...


 
2) O que te motiva a estar (e ser) no mundo?

Acredito que o que mais me motiva se resume em três palavras: criação + amor + felicidade. O verbo criar, o sentimento de amar e o poder de produzir felicidade. Se eu fosse resumir o porque de estarmos vivos, falaria assim: para aprendermos a amar e sermos felizes e só aprendemos isso, vivenciando com o outro nas relações que escolhemos. Me motiva olhar para o outro e sentir que há amor, que há uma busca a felicidade. Me motiva as ações por amor. Me motiva ver coisas sendo criadas, com amor. Me motiva o sorriso que se cria após uma ação de amor. Esse encontro do amor com a felicidade, para mim, está diretamente ligado. O segredo é amar, estarmos abertos ao amor. Ninguém ama sozinho. Precisamos do outro. Confiar, acreditar, mesmo em um mundo onde muitas pessoas nos provem o contrário, eu garanto que se acreditar, haverá encontros bons. É isso que me motiva, Yoná! O amor, que é o embrião da felicidade... E eu escolhi amar e ser feliz criando! :)



3) Como você começou a trabalhar com design e encadernação manual artística?

Acho que comecei criança, quando recortava e colava revistas em casa em dias de chuva e pedia de presentes de natal coisas de papelaria. Fazia coleção de papéis de carta e tinha adesivos colados por todo canto. Tinha vários diários, canetinhas, carimbos e todas essas coisinhas que já nasci gostando!... O que a gente ama nasce assim, na inocência da criança, verdade. Daí, durante a escola me perdi um pouco achando que queria ser dentista, mas um cunhado arquiteto me lembrou do óbvio, que é fundamental, e me falou do Desenho Industrial. Fiz esse curso de tradução estranha para o Brasil, Desenho Industrial, mas no fim mesmo sou Designer. Lá aprendi a projetar, a criar, diferentes metodologias, leis da percepção visual, as relações do objeto com as pessoas e mais! Me formei especializada, se é que se pode dizer assim, em papel. :) Trabalhei anos com Identidade Visual e papelaria, revistas, relatórios e livros, ah... Os livros! Uma paixão! E desse amor pelos livros e pelo papel, tive a sorte de fazer um primeiro curso de encadernação em Brasília, em 2009. Desde esse dia eu nunca mais deixei de encadernar. Foi um depois do outro e a empresa 'as papeleiras' nasceu logo depois dessa aula. O vício já era grande, os pedidos de encomendas também...Começou assim, sem planejamento, fluindo, como são as coisas naturais na nossa vida. 


4) Qual a proposta da Tê Pires?

A 'Tê Pires' nasceu depois da experiência de 5 anos com 'as papeleiras'. Quando vivenciamos algo intenso e verdadeiro assim, adquirimos sabedoria com essa experiência, o que me fez refletir sobre o que eu realmente queria como empresária, designer e encadernadora. Muita gente me pergunta sobre os meus planos e todo mundo espera algo grande, por conta do que já vivi, mas o que não sabem é que na verdade, eu quero ser pequena. Pequena no tamanho (empresa), grande em cada coisinha que eu faça. ;) 'Pequenas grandes coisas', como disse no teaser em meu último curso da eduK.


A proposta da Tê Pires é oferecer "criação, amor e felicidade" em variados formatos, seja em um caderno ou álbum, ou em um ensinamento, ou em uma inspiração, em um exemplo, ou em uma marca que crio, ou em uma almofada ou um bordado. A Tê Pires quer 'tocar' as pessoas, quer estar, de alguma forma, nos momentos especiais das pessoas, quer 'transfomar' positivamente as pessoas, quer ajudar a deixar o mundo mais belo, feliz e cheio de amor. 

Com a Tê Pires eu consigo mais tempo para criar, aprender coisas novas, experimentar... Com as encomendas personalizadas eu consigo ajudar a concretizar momentos especiais na vida das pessoas. Com as aulas de encadernação manual eu consigo fazer as pessoas se apaixonarem por elas mesmas e se sentirem capazes de realizar! Com a Tê Pires eu consigo vivenciar o que me motiva e assim, porque é real, motivar os outros também.



A Tê Pires é assim: design + papel + tecido + criatividade! Conseguiu imaginar quanta coisa é possível? Lindo isso! :) Amo demais!!! Hoje meu ateliê é em casa, pequeno, mas fofo! Trabalho sozinha, mas tenho planos de desenvolver alguns projetos e coleções com amigos criativos! Dou aulas particulares no meu ateliê e não faço encomendas em grandes quantidades. Aceito encomendas pontuais e as faço de forma única e especial. Gosto quando o cliente me deixa livre para criar, confia na minha criatividade e estilo, assim posso estar sempre criando algo novo, me desafiando. Para um plano próximo futuro, quero desenvolver algumas coleções limitadas de livros e criar outros produtos ligados a papelaria e disponibilizar em uma futura lojinha virtual da Tê Pires.




5) Fale um pouco dessa parceria com a eduK, sobre difundir conhecimento on line e os desafios disso, o que está por vir.

Olha Yoná, eu nunca imaginei que estando nesse mundo tão analógico, artesanal, de olhar no olho, de ensinar 'pegando'(hehehe) eu daria aulas de artesanato on line. Quando eu e Van (as papeleiras) recebemos o convite para dar aulas, nossa primeira resposta foi não. Acredita?! Hesitamos em acreditar que fosse possível, que seria bom. A eduK marcou uma conversa pelo Skype com a gente e mostrou exemplos de cursos, falou da proposta desse novo modelo de ensino e das possibilidades de alcance e nos convenceu a tentar. Depois da experiência, tive a certeza que estávamos no caminho certo. A eduK é um exemplo de como a tecnologia é importante e interessante se for bem usada, não importa o meio, ou o tema, ela vem para agregar, para fazer ser mais possível. Sem a eduK, muitas pessoas não teriam acesso às nossas aulas e isso para mim, é o maior troféu que a eduK carrega. O Brasil é enorme, cheios de desafios e a eduK consegue transformá-lo em um só naquelas horas de curso... Quantas pessoas conectadas aprendendo, interagindo e se transformando, e ainda, gratuitamente, ao vivo!? Isso é fantástico. E ainda fazem isso de forma muito competente e profissional. Eu consigo chegar em várias pessoas pelos cursos da eduK, com toda essa tecnologia,  e passar a lindeza que é fazer artesanato, realizar com as mãos e ser mais analógico. E isso é o casamento perfeito do analógico com o digital.




Acho a eduK é fantástica. É uma empresa, eu diria também, 'orgulhosamente fora do normal'. A eduK é inovadora, corajosa e desafiante. A eduK está construindo um modelo de cursos totalmente inovador. Eles acreditam que esse é o futuro da comunicação e eu também acredito. Estamos ainda vivendo uma fase onde os modelos de ensino tradiconais ainda persistem, mas há muita gente estudando e indo atrás de escolas inovadoras, já existem diversos modelos! Formas de ensino mais independente e pró-ativo, é muito interessante quando a gente começa a ler e se informar sobre esses novos métodos... A eduK me ajudou a perceber que isso já está acontecendo! Já é real. A quantidade de pessoas que eles mobilizam e motivam através dos seus autores parceiros é inacreditável. A forma com que fazem isso é inspiradora. Sou muito orgulhosa e grata de fazer parte dessa equipe e estar com eles desde o início, com os primeiros cursos com as papeleiras. 

Os desafios são muitos. No primeiro curso das papeleiras, eu e Van estávamos muito ansiosas e nervosas, não tínhamos experiência nenhuma em aula on line e não tínhamos ideia se seria bom, se as pessoas iriam realmente aprender, era o nosso maior medo, as pessoas não aprenderem de verdade... E foi um sucesso! Eu e Van nos surpreendemos muito com os feedbacks, com os posts das pessoas que nunca haviam encadernado antes conseguindo fazer seus primeiros cadernos... Foi uma sensação muito boa, muito feliz. Transformadora. Dar um curso on line na eduK exige muita dedicação, muito trabalho antes e muito planejamento. Estar on line ao vivo é, eu diria, 'pertubador'! Hahahaha Mas é verdade... É muito difícil lidar com essa rapidez de informações que o ao vivo gera. É uma adrenalina forte e quando acaba o curso a vontade é de dormir uma semana direto...É uma experiência muito intensa. E muito boa. Adoro!

O que está por vir, Yoná?! Eu nunca sei. Deixo fluir. Tenho um processo criativo muito pessoal, e não sou das que planeja muito antes e fica pensando, pensando e pensando... Sou muito do agir, realizar, eu filosofo pouco na cabeça, gosto de experimentar na prática. Quando me convidam para uma nova aula na eduK acendo o fósforo e queimo as pestanas rapidamente no quesito 'ideia'. Ideia aprovada, aí é trabalho duro e muita lapidação... :) Podem ter certeza que assim que o fósforo for aceso, estarei aqui em meu ateliê preparando o melhor que eu puder para vocês! 



Yoná, foi uma delícia 'conversar' com você respondendo essas perguntinhas. Me fez colocar em palavras - o que muitas vezes é difícil e não paramos para fazer - sentimentos e pensamentos da Tê Pires. Obrigada pelo convite e por abrir esse espaço lindo seu, Chiquita Bacana Atelier ​ - Gente que Cria​, para mim! Beijo grande! E vamos continuar enchendo esse mundo de amor e beleza, para deixá-lo mais feliz! :)


Dados da Tê Pires: 
Tê Pires  design + papel + tecido + criatividade 
Instagram: @te_pires
Fotos que acompanham a entrevista, de Mariana Leal.
Links da fotógrafa:

29 de julho de 2014

Quelqu'un m'a dit

Para estampar a casa toda

Fonte: http://casamenteiras.com.br/

Todo mundo tem um sofá ou poltrona antiga que está precisando de um estofamento novo, não é? Ou porque seu pet arranhou, as crianças mancharam, ou a gente simplesmente cansou.

E renovar o estofado é mais simples e mais divertido do que a gente pensa. Tem um mundo de possibilidades em estampas e cores, sabia? Dá para ousar na decor e transformar aquela sua poltrona sem graça na peça principal da sua sala. Quem oferece esse tipo de tecido para decoração é a ID Karsten Decor, olha só quantas ideias:
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{O animal print colorido vai bem com cores vibrantes}
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{Tecido revestindo as portas do aparador, super interessante!}
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{Tecido nas almofadas, no pufe e até no quadro!}
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{Que luxo um closet com esse tecido na parede!}
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{As bicicletas também vêm em preto, para uma decor bem contemporânea}
A inspiração da ID Karsten Decor é o estilo jovem e pop art urbano, com muita influência urbana e contemporânea. As estampas são super descontraídas, com variações de desenhos e cores, e que deixam a nossa imaginação livre para criar os mais variados ambientes, cheios de personalidade.
Além de lindos, os tecidos possuem tecnologias que repelem a água, óleos e outros líquidos, o que ajuda no processo de limpeza e manutenção, prevenindo manchas. Ele também evita a formação de fungos, com tecnologia antimofo e que não acumula poeira.
Fácil de manter, moderno, bonito e super prático. Uma ótima maneira de renovar a casa toda sem grandes esforços, vocês não acham? Dá para criar almofadas com as diferentes estampas, ou forrar partes de móveis e paredes, ou ainda renovar todo o estofado. Ideia é o que não falta.
Almofadas com estampas ID Decor podem ser encontradas aqui.
http://www.vitrine.elo7.com.br/chiquitabacanaatelier

Manteiga Temperada



Os ingredientes usados são:
- 100g de manteiga com sal;
- 1/3 de xícara (chá) de ervas da sua preferência picadas;
- 1 colher (chá) de alho triturado ou picado.

Fonte: http://www.panelaterapia.com/

28 de julho de 2014

PAREDES INCRÍVEIS


Quadrinhos, fotos e espelhos pendurados tornam o quarto dos Jardins, em SP, personalíssimo e bem feminino, embora seja branco. Há ainda um adesivo com trecho de Sonhos de uma noite de verão, de William Shakespeare. Projeto do arquiteto Vitor Penha




Um climinha de anos 1950 permeia este projeto, de Marina Quintanilhas, da Lady Neide. Especialista em adesivos de vinil, a moradora decidiu usar a sala de estar de sua casa, em Perdizes, São Paulo, como laboratório e conseguiu um visual de época


26 de julho de 2014

QUATRO MANEIRAS DE ESTAMPAR TECIDO

estamparia


por Ana Matusita, blogueira convidada
Estamparia artesanal é das coisas mais divertidas de se fazer. É a possibilidade de tornar únicae com a sua cara um peça de roupa, um acessório, um caderno, ou mesmo superfícies maiores, como móveis, portas ou paredes de casa. E, para possibilidades infinitas, modos de fazer dos mais variados. Tudo depende da superfície a ser estampada e dos materiais que se tem à mão.
Acho que a dica inicial é avaliar a textura da superfície que você pretende estampar e o tipo de desenho que irá ser estampado, porque dele depende a escolha do método. Por exemplo, o silk screen é excelente para tecidos e papéis, mas difícil de trabalhar em paredes e móveis. Os métodos e suas possibilidades são muitos, mas uma listinha básica do que é possível fazer em casa é a seguinte:
1) ESTÊNCIL
Estênceis são moldes vazados que podem ser feitos em papel, plástico durinho ou até mesmo contact. Os dois primeiros têm execução parecida: basta recortar o desenho vazando o molde. Já o contact funciona da forma inversa: você aplica a figura desenhada na superfície e pinta o contorno. É ideal para madeira e móveis, por exemplo.
O estêncil de papel é fácil de ser feito, porque o desenho pode ser recortado diretamente onde foi feito. Já sua aplicação é limitada, bem como sua durabilidade. O ideal é que ele seja utilizado em trabalhos rápidos, com desenhos pequenos (legal para papel de carta e envelopes, por exemplo). Para garantir que ele não se desfaça e nem vaze tinta no trabalho todo, é bom usar um papel de gramatura média, como o de caixas de embalagem, que é fácil de recortar mas tem alguma resistência à tinta (os melhores são os de cereal, porque voce pode desenhar na superfície lisa de dentro e usar a parte selada de fora para aplicar a tinta).
O plástico durinho, como aqueles usados em capas de trabalho, tem uma durabilidade bem maior e pode ser usado em qualquer superfície. É fácil de prender e não se desfaz.
Mas o mais bacana de se utilizar estêncil é algo que se aplica a qualquer método: utilizar materiais que você já tem, subvertendo sua finalidade. Por exemplo, tente fazer uma borda bacana com uma toalha de renda de plástico, daquelas da vovó, fixando-a e aplicando a tinta por cima. Fica o máximo! Usei renda sintética numa caixa de costura uma vez, mas como queria manter a textura, acabei colando a própria renda e pintando por cima.
Para aplicar a tinta, o ideal é usar o pincel redondo de cerdas duras, próprio para estêncil. Os desenhos devem ser simples, com pouco nível de detalhe.
2) TRANSFER
O transfer é um tipo de papel especial, no qual você imprime um desenho e depois o transfere para o tecido usando o ferro de passar. Apesar das possibilidades serem infinitas no que diz respeito a arte que você pode criar usando editores de imagem, o uso é limitado a essa única superfície. Aqui, vale a dica de utilizar o papel adequado para a sua impressora (laser ou jato de tinta), bem como testar antes a temperatura do ferro, que deve ser elevada e sem vapor.
Estamparia: transfer
Essa técnica funciona bem para desenhos pequenos, mais fáceis de serem transferidos uniformemente. Um bom uso são as etiquetas artesanais como as que a Laurraine Yuyama, da Patchwork Pottery, faz.
3) SILK SCREEN
O silk screen é um método parecido com o estêncil, mas com possibilidades maiores de detalhes na arte, porque possibilita fazer desenhos mais minuciosos. O único porém é o cuidado com a tela, porque quanto menor for a superfície a ser vazada, maior deve ser o cuidado na limpeza, para que ela não fique entupida e possa ser reutilizada. A tinta para silk screen é mais densa que a tinta de tecido e é aplicada com um rodinho de mão. Uma dica legal que aprendi é não utilizar água na diluição, porque isso compromete a cor e pode criar manchas se a água foi em excesso (fica uma marca feia no contorno do desenho, com a tinta vazada onde não devia); o ideal é usar vinagre, que dilui um pouco a tinta, deixando mais fácil de espalhar, sem dar o efeito aguado.

Estamparia: silk screen
Ainda sobre as tintas, o chato é que há poucas opções de cores bonitas. Claro que você pode criar cores novas com misturas, mas o problema é conseguir reproduzi-las novamente. O silk também permite a utilização de mais de uma cor, desde que voce utilize várias telas, com espaço de secagem. Nunca fiz telas caseiras, ou seja, sempre que tive que utilizar silk, levei a arte impressa ou desenhada em papel vegetal para uma loja de tinta e encomendei a tela. Mas sei que existe um tal(que só vi em sites gringos), que é usado para pintar o contorno do desenho vazado, criando a tela. O uso das telas é mais que adequado para camisetas, peças de roupa, toalhas, cortinas e garante um desenho uniforme (ainda mais se a tela for novinha). Também é ótimo para sacolas, pacotes e etiquetas, um problema que pequenos crafters sempre têm, já que as empresas especializadas costumam trabalhar com uma quantidades muito grandes. O pessoal do Tofu Studio mostrou que usa o silk exatamente pra isso (foto acima).

4) CARIMBO
Os carimbos são aa minha menina dos olhos! Adoro essa forma de estampar, especialmente pelo visual delicado que cria. Até as falhas, próprias da forma de transferir a tinta, criam um efeito bonito. Há três grandes possibilidades de carimbos: os industrializados, os recortados e os esculpidos (ou cavados).
Estamparia: estencil
Os industrializados apresentam mil possibilidades de criação da arte e são fáceis de achar, ainda mais depois que se difundiu por aqui no Brasil a moda do scrapbooking. Em geral, como são importados, não costumam ser baratos e, apesar de haver desenhos maravilhosos é bom saber que quanto mais detalhes na arte, maior a dificuldade de estampar (sobretudo em tecido) pois os carimbos de silicone costumam ser “fininhos”, com pouca profundidade no desenho e a tinta acaba entrando nos vãozinhos e borrando o tecido. Nesse caso, NUNCA se aventure a carimbar uma peça pronta, tenha sempre pedaços de tecido à mão e faça muitos testes antes.
No papel, a coisa é mais tranquila, sobretudo por conta da tinta, que é mais diluída e fácil de usar. Para estampar em papel, mais que as carimbeiras, indico as canetas de ponta pincel largo, que têm cores variadas e são bem duráveis, apesar do precinho meio salgado.
Existem hoje no mercado carimbeiras e tintas importadas para qualquer superfície. Para tecidos a melhor que já testei é a Staz On, que resiste bem à lavagem. Até o momento, achei uma boa gama de cores. O único problema é que a tinta seca muito rapidamente e deve ser armazenada bem fechada. O preço também não é nada popular, como qualquer produto japonês.
Para os carimbos cavados, o ideal é utilizar placas de borracha, também importadas, transferir o desenho e cavar usando estilete bem afiado, sempre tomando o cuidado de cavar para fora das margens do desenho, evitando cortar onde não deve. É preciso alguma habilidade para essa técnica, então é sempre bom treinar um pouco, começando dos desenhos mais simples e com pouco nível de detalhe. Aqui, as possibilidades sao tantas quantas sua mão pode criar!
Os recortados: talvez um passo antes de cavar seus próprios carimbos seja recortá-los em EVA, com tesoura mesmo. O ideal é que os desenhos tenham poucos detalhes vazados, mais difíceis de recortar. Figuras simples, como flores e corações são ideais e podem ser recortadas até mesmo com um cortador, daqueles próprios para papel e EVA (a marca TEC tem uma linha bacana de cortadores e é bem fácil de achar em papelarias). Como o EVA é fininho, a figura precisa ser colada em algum tipo de suporte, como madeira, por exemplo. Aqui, vale usar a criatividade: pra carimbos pequeninhos, até rolhas de garrafas servem.
Na hora de aplicar a tinta, sugiro reutilizar bandejinhas de isopor como carimbeira. A camada de tinta deve ser bem fininha, esparramada com espátula ou com uma faquinha.
De novo, como em qualquer outra das técnicas, acho que o bacana é usar os materias que temos, não se preocupando em gastar e comprar tudo importado. Não temos placa de borracha? Vambora achar um substituto! Já cheguei a usar placas de lixa de pé (daquelas de borracha grossa) para esculpir. É difícil, porque a borracha não é tão molinha, mas vale a tentativa. Se na India, as mulheres usam pedaços de madeira para criar seus carimbos de henna, esculpir um pedaço de borracha é bolinho…
A idéia é saber reaproveitar materiais e tirar vantagem do que se tem para criar. E essa será a proposta do passo-a-passo que estou preparando para ilustrar as dicas de estamparia. Então,não perca o próximo capítulo, aqui no Superziper!
*um super obrigada à Emy, (TOFU STUDIO) e à Laurraine Yuyama (PATCHWORK POTTERY), que gentilmente cederam as fotos.

Apoena Bordados: Costurando um mundo melhor

24 de julho de 2014

Carta para Ariano

"Carta para Ariano,
Quem te escreve agora é o Cavalo do teu Grilo. Um dos cavalos do teu Grilo. Aquele que te sente todos os dias, nas ruas, nos bares, nas casas. Toda vez que alguém,  homem, mulher, criança ou velho, me acena sorrindo e nos olhos contentes me salva da morte ao me ver Grilo.
Esse que te escreve já foi cavalgado por loucos caubóis: por Jó, cavaleiro sábio que insistia na pergunta primordial. Por Trepliev, infantil édipo de talento transbordante e melancólicas desculpas. Fui domado por cavaleiros de Sheakespeare, de Nelson, de Tchekov. Fui duas vezes cavalgado por Dias Gomes. Adentrei perigosas veredas guiado por Carrière, por Büchner e Yeats. Mas de todos eles, meu favorito foi teu Grilo.
O Grilo colocou em mim rédeas de sisal, sem forçar com ferros minha boca cansada. Sentou-se sem cela e estribo, à pelo e sem chicote, no lombo dolorido de mim e nele descansou. Não corria em cavalgada. Buscava sem fim uma paragem de bom pasto, uma várzea verde entre a secura dos nossos caminhos. Me fazia sorrir tanto que eu, cavalo, não notava a aridez da caminhada. Eu era feliz e magro e desdentado e inteligente. Eu deixava o cavaleiro guiar a marcha e mal percebia a beleza da dor dele. O tamanho da dor dele. O amor que já sentia por ele, e por você, Ariano.
Depois do Grilo de você, e que é você, virei cavalo mimado, que não aceita ser domado, que encontra saídas pelas cêrcas de arame farpado, e encontra sempre uma sombra, um riachinho, um capim bom. Você Ariano, e teu João Grilo, me levaram para onde há verde gramagem eterna. Fui com vocês para a morada dos corações de toda gente daqui desse país bonito e duro.
Depois do Grilo de você, que é você também, que sou eu, fui morar lá no rancho dos arquétipos, onde tem néctar de mel, água fresca e uma sombra brasileira, com rede de chita e tudo. De lá, vê-se a pedra do reino, uns cariris secos e coloridos, uns reis e uns santos. De lá, vejo você na cadeira de balanço de palhinha, contando, todo elegante, uma mesma linda estória pra nós. Um beijo, meu melhor cavaleiro.
Teu,
Matheus Nachtergaele"

Espírito Santo aqui vou eu! ❤️✂️

22 de julho de 2014

Lucy in the Sky with Diamonds

Chips de Batata Doce com Chutney de Manga


RECEITA DE CHIPS DE BATATA DOCE COM CHUTNEY DE MANGA
como aperitivo, serve 4 pessoas
Ingredientes chips:
300g de batata doce
óleo para fritar
sal
Ingredientes chutney de manga:
2 mangas
1 cebola roxa
2 dentes de alho
2cm de gengibre
2 pimentas vermelhas
1 canela em pau
4 cravos
1 colher (sopa) de sementes de mostarda
2\3 de xícara de açúcar mascavo
1\2 xícara de vinagre de maçã
1 xícara de água
Como fazer chips de batata doce:
Lavar bem as batatas. Fatiar bem fino em uma mandolina ou com um descascador de legumes. Fritar aos poucos, em óleo quente, por dois a três minutos, até a batata começar a dourar. Retirar do óleo e escorrer em papel toalha. Temperar com sal enquanto ainda está quente para que ele possa se fixar na batata. Servir com o chutney de manga.
Como fazer o chutney de manga:
Levar todos os ingredientes a uma panela média e deixar cozinhar por cerca de meia hora, até que a calda esteja em ponto de geléia. Deixar esfriar.

Os 5 Brechós mais bacanas do Rio de Janeiro



Pra quem adora conjugar o verbo “garimpar”, brechós são um verdadeiro parque de diversões.
De quinquilharias e peças colecionáveis a roupas de grife de estilistas renomados, a verdade é que os “achadinhos” fascinam o carioca, que já é descolado por natureza e faz jus a máxima “Lavou, tá novo!”
Eu, como produtora e consumidora de moda, costumo vasculhar todos os cantinhos possíveis da cidade a procura de peças estilosas bbb (boas, bonitas e baratas!)
Em 2010, a Manuela Borges lançou o “Guia de Brechós do Rio de Janeiro”, pela editora memória visual, livrinho super bacana, indispensável pra quem adora o tema.
Aqui no Diário, vou listar os meus preferidos e peço a ajuda de vocês,com dicas de outros brechós/bazares incríveis para se visitar.

1 – Brechó da Totolinha

Celebridade no mundo da Tattoo, Totolinha Costa é uma querida. Impossível sair de sua loja sem uma peça nas mãos. Lá, o alternativo é a palavra chave! O Brechó que funciona de segunda a sexta na sobreloja do edificio Menezes Cortes no centro, tem um público fiel e super engajado em divulgá-lo.

2 – De Salto Alto

Queridinho dos produtores de cinema e da TV, Pantera, o dono do brechó especializado em produtos dos anos 50,60 e 70 avisa que os fãs de design e moda retrô podem se perder por horas a fio garimpando relíquias em sua loja, que fica no Shopping dos Antiquários em Copacabana.

3 – Eu Amo

A Eu Amo é pra quem ama vintage. Pra quem sente vertigem quando se depara com uma peça rara. Pra quem coleciona design e desejos.
Araras coloridas e peças especiais te esperam na Rua Monte Alegre, em Santa Teresa.

4 – Anexo Vintage

Preferido de artistas e socialites cariocas, esse brechó chiquérrimo oferece vestidos, bolsas e sapatos novos e seminovos grifados. É o templo das marcas internacionais mais desejadas. Fica escondidinho no Shopping da Gávea.

5 – Perpétua Brechó

Com a proposta de criar um espaço agradável em que a moda de estações passadas inspire novas tendências, a Perpétua Brechó, em Botafogo, aposta no consumo consciente, redesenhando um novo estilo de brechó.

#Ficaadica:

Todos os sábados na Praça XV, em frente a estação das barcas, acontece a maior Feira de Antiguidades do Rio, onde você encontra de tudo um pouco. Objetos de decoração, brinquedos, coleções de várias coisas, móveis, bijuterias e muitas outras coisas bacanas. É um lugar de história e cultura que vale a pena conhecer!

19 de julho de 2014

Coisas de Adolescente

Papel de parede: da marca Designers Guild, o revestimento comprado na Ville Marie foi ponto de partida para a decoração. Da mesma loja veio a cabeceira. Tecidos da Farm, à venda na JRJ Tecidos, revestem a poltrona da Vermeil e compõem as cortinas (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)





















Criar um quarto colorido, estampado e que agrade a uma adolescente de 15 anos é tarefa desafiadora para os profissionais de arquitetura e design de interiores. Paletas de rosa? Vetadas! Enfeites e temas que lembrem a infância, nem pensar. Hábil em misturar tons padrões de modo surpreendente, nesse dormitório de 20 m²em Taubaté, interior de São Paulo, a arquiteta Andrea Murao tomou como ponto de partida o papel de parede amarelo-limão efeito tie dye, criação da marca britânica Designers Guild. Valorizado pelo teto, pintado também de amarelo, o espaço recebeu uma solução inovadora nas cortinas: em vez de serem idênticas, as folhas da direita e da esquerda têm tecidos diferentes. Elementos na cor roxa surgem nos cavaletes da mesa de estudos, comprados em uma acessível loja de decoração, e no rack, feito sob medida por um marceneiro. Presentes nas almofadas sobre a cama e no painel onde fica a TV, estampas nada infantis agradaram à moradora, que pretende ser arquiteta no futuro. “Procurei bolar algo moderno, a partir das cores, e com toques retrô. A cabeceira da cama é uma brincadeira com os móveis antiguinhos”, explica Andrea.
Mesa de estudos: Os cavaletes da Tok & Stok receberam pintura roxa e tampo de vidro. Feito com retalhos de tecidos, o painel estofado camufla a TV e serve de porta-recados |  Projetado por Andrea Murao, o rack  tem nichos com fundo roxo. Tapetes By Kamy (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)

João Ubaldo Ribeiro


Para você que é Pai ou ainda apenas Filho, compartilhamos um livro delicioso de João Ubaldo Ribeiro, Chamado: “Os 10 bons conselhos de meu Pai”. Uma prova de que para ser uma pessoa bacana não precisa de muito, apenas do básico, que costumamos ou costumávamos aprender em casa.


Dez bons conselhos de meu pai:

I – Não seja tutelado

Não permita que as pessoas resolvam as coisas por você, por mais que o problema seja chato de enfrentar.

Não finja que acredita em nada do que não acredita, não deixe que lhe imponham uma opinião que você está vendo que não pode ser sua.

II – Não seja colonizado
Tenha orgulho de sua herança, não seja subserviente com o estrangeiro, não se ache inferior. Coma o que gostar, fale como gostar, vista-se como gostar – seja como seu povo, não seja macaco.

III – Não seja calado
Seja calado só por educação, até o ponto que isto não o prejudicar. Se prejudicar, só cale a boca quando deixar de prejudicar. Não seja insolente e não tolere a insolência.

IV – Não seja ignorante
Não ser ignorante é um dos mais sagrados direitos que você tem e, se você não usa voluntariamente esse direito, merece tudo o que de adverso lhe acontece. Se você sabe fazer bem o seu trabalho e conduzir corretamente sua vida, você não é ignorante. Mas, se recusar todas as oportunidades possíveis para aprender, você é. Se lhe negam o direito a não ser ignorante, você tem o direito de se rebelar contra qualquer autoridade.

V – Não seja submisso
Reconheça suas faltas, mas não se humilhe. Não existe razão na natureza que diga que você tem de ser submisso a qualquer pessoa. Toda tentativa de submete-lo é muitíssimo grave.

VI – Não seja indiferente
Ser indiferente em relação ao semelhante ou ao que nos rodeia, quer você seja religioso ou não, é um dos maiores pecados que existem, porque é um pecado contra nós mesmos, um suicídio.

VII – Não seja amargo
As coisas acontecem, aconteceram, ficam acontecidas. Se você for amargo, essas coisas continuam acontecendo. Construa sempre.

VIII – Não seja intolerante
Alegre-se com a diversidade humana. Procure honestamente entender os outros. Só não seja tolerante com os inimigos conscientes e comprometidos com o seu fim.

IX – Não seja medroso
Todo mundo tem medo, mas a pessoa não pode ser medrosa. Para viver e fazer, é necessário manter uma coragem constante e acesa. Isto consiste em vencer a própria pequenez e é um dever e uma obrigação para com nós mesmos.

X – Não seja burro
Sim, não seja burro. Normalmente, quando você está infeliz, você está sendo burro. Quando você está sendo explorado, você é sempre infeliz

16 de julho de 2014

ECONOMIA NA DECORAÇÃO

Ao contrário do que muita gente pensa, não é preciso gastar fortunas para ter uma casa bacana. Com um pouco de criatividade, é possível conseguir praticidade e efeitos incríveis a preços baixos – algumas vezes até de graça. Vale reaproveitar, fazer sua própria peça, evitar o desperdício e pesquisar muito antes de comprar. Confira:


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